A pesquisa realizada durante o período de 6 meses teve o intuito de estudar a respeito dos universos virtuais, analisando seus pontos fortes e fracos, a fim de escolher entre eles o melhor que atenderia para realização de palestras exclusivas no ambiente virtual, transmitidas ao vivo no presencial durante evento online e gratuito do ECOA, com a temática Futuro Descentralizado. Os 6 espaços criados foram um marco na trajetória de crescimento da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Os metaversos Decentraland e Cryptovoxels foram estudados. O primeiro é um mundo virtual 3D no qual os usuários têm a possibilidade de comprar terrenos, vendidos em formato de NFTs na rede do Ethereum, utilizando como moeda de troca o token MANA. Já o segundo tem foco em espaços de socialização online – eventos, bares e clubes – assim como lojas de NFTs e galerias de arte.
O professor Marcello Pereira explica o que é Metaverso, contextualizado sobre a era da informação atual. Na Web 1.0, éramos os proprietários da informação. Já na Web 2.0, o conteúdo se torna produto. Ademais, na Web 3.0, voltamos para esse poder de criação, com o intuito de retomar o que era no início da internet e sua essência, a qual ninguém tinha controle em grande proporção. O principal objetivo dessa mudança da Web 3.0 em comparação à Web 2.0 é a descentralização – dApps (aplicativos descentralizados) são executados em uma rede P2P (Peer-to-peer) baseada em blockchain.
Cada mundo pode criar seu próprio token ou aceitar tokens de terceiros, permitindo, dessa maneira, o uso destes tokens pelas pessoas a fim de transacionar valores entre si, remunerar atividades ou para comprar NFTs neste Metaverso. Cada token está para seu Metaverso assim como cada moeda está para seu país. Hoje, no Brasil, os NFTs devem ser um ativo declarado no seu Imposto de Renda.
A descentralização é uma das sete camadas do Metaverso, assim como a experiência, descoberta, economia criativa, computação espacial, interface humana e infraestrutura também.
O termo Metaverso foi descrito pela primeira vez no livro de ficção científica “Snow Crash”, de Neal Stephenson, em 1992. Neste livro, o Metaverso é caracterizado como uma escapatória da realidade distópica em que as pessoas viviam. Posteriormente, no Ready Player One, em 2011, o Metaverso foi citado como um mundo distópico, para se desconectar da realidade.
Conclusão
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