Relatório de pesquisa

Grupo de Inovação Tecnológica

de Maria Eduarda Bretas

A pesquisa realizada durante o período de 6 meses teve o intuito de estudar a respeito dos universos virtuais, analisando seus pontos fortes e fracos, a fim de escolher entre eles o melhor que atenderia para realização de palestras exclusivas no ambiente virtual, transmitidas ao vivo no presencial durante evento online e gratuito do ECOA, com a temática Futuro Descentralizado. Os 6 espaços criados foram um marco na trajetória de crescimento da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

“[…] REALIZAÇÃO DE PALESTRAS EXCLUSIVAS NO AMBIENTE VIRTUAL, TRANSMITIDAS AO VIVO NO PRESENCIAL DURANTE EVENTO ONLINE E GRATUITO DO ECOA, COM A TEMÁTICA FUTURO DESCENTRALIZADO”

Evento Futuro Descentralizado

Os metaversos Decentraland e Cryptovoxels foram estudados. O primeiro é um mundo virtual 3D no qual os usuários têm a possibilidade de comprar terrenos, vendidos em formato de NFTs na rede do Ethereum, utilizando como moeda de troca o token MANA. Já o segundo tem foco em espaços de socialização online – eventos, bares e clubes – assim como lojas de NFTs e galerias de arte.

Decentraland, plataforma de mundo virtual 3D

Cryptovoxels, mundo virtual alimentado pela Blockchain Ethereum

“MESMO QUE NÃO FOSSE A MAIS COMPLETA, É SIMPLES DE SER ACESSADA, E […] A PLATAFORMA É FINANCEIRAMENTE ACESSÍVEL.”
Optou-se por usar o Spatial por ser uma plataforma com uma interface mais huma- na. Mesmo que não fosse a mais completa, é simples de ser acessada, e na ocasião do evento do ECOA era essencial essa qualidade por ser um evento que teria distintos núcleos de pessoas, necessitando de um fácil e intuitivo acesso. Além disso, a plataforma é financeiramente acessível, sem necessidade de investir capital na plataforma para a construção dos espaços.
Entender as limitações da plataforma, por ser uma utilização pioneira para um evento, foi desafiador. Foram erros e acertos com relação ao tamanho de arquivo, modo de importação e exportação, por ter diferentes formas, sendo a melhor delas GLB, e à texturização. Houve a tentativa de escanear as paredes da vila.
Dentre os ambientes, o Pilotis foi criado a fim de exibir os trabalhos reali- zados pelos alunos da Apple Developy Academy durante o mês de agosto e se- tembro. Posteriormente, em novembro, também foi utilizado durante a semana de Design, assim como o hall do DAD e o Solar Grandjean de Montigny, patri- mônio histórico tombado pelo IPHAN. Além desses espaços, o RDC teve ta- manha importância por ser o local de transmissão das palestras do Futuro Descentralizado. Em dezembro, o edi- fício Padre Laércio Dias Moura foi lo- cal de cerimônia para apresentação da nova logo da PUC-Rio.

Pilotis da PUC-Rio desenvolvido na plataforma Spatial

Hall do DAD desenvolvido na plataforma Spatial

Solar Grandjean de Montigny desenvolvido na plataforma Spatial

O professor Rafael Nasser proporcionou uma roda de conversa sobre cultura, com artistas de NFT. Dentre os convidados, estava presente um dos destaques do NFT Brasil, Ottis Otto, um artista talentoso e inovador no ambiente da arte digital. É conhecido por mesclar novas tecnologias com a essência do grafite, criando obras de artes impactantes e imersivas. Seu projeto mais conhecido é o ‘Purple Valley’, um universo artístico presente em multi-metaversos com experiências de realidade aumentada e virtual.
Na roda de conversa, o público realizou as perguntas digitalmente e o professor Nasser mediou o bate-papo e apresentou as dúvidas escritas. A primeira delas era sobre direitos autorais, sendo esclarecido que uma exposição precisa ter sempre a autorização do artista.

O professor Marcello Pereira explica o que é Metaverso, contextualizado sobre a era da informação atual. Na Web 1.0, éramos os proprietários da informação. Já na Web 2.0, o conteúdo se torna produto. Ademais, na Web 3.0, voltamos para esse poder de criação, com o intuito de retomar o que era no início da internet e sua essência, a qual ninguém tinha controle em grande proporção. O principal objetivo dessa mudança da Web 3.0 em comparação à Web 2.0 é a descentralização – dApps (aplicativos descentralizados) são executados em uma rede P2P (Peer-to-peer) baseada em blockchain.

“O PRINCIPAL OBJETIVO DESSA MUDANÇA DA WEB 3.0 EM COMPARAÇÃO À WEB 2.0 É A DESCENTRALIZAÇÃO – DAPPS (APLICATIVOS DESCENTRALIZADOS) SÃO EXECUTADOS EM UMA REDE P2P (PEER-TO-PEER) BASEADA EM BLOCKCHAIN.”

Professor Marcelo Pereira em palestra sobre o Metaverso no Evento Futuro Descentralizado

O conceito de Metaverso, até o momento, ainda é considerado um pouco subjetivo. Ele remete a junção da dimensão digital com a dimensão física. O intuito é ser uma rede social que possibilita conexões, relacionamentos e interações de pessoas ao redor do mundo através de um avatar.
A Web 3.0 permite que as economias sejam criadas dentro de Metaversos. O usuário pode ser dono de propriedades, roupas e colecionáveis dentro do mundo virtual em forma de NFTs. É capaz de vendê-los em um mercado aberto, assim como emprestá-los, ou usar esses ativos como colateral para empréstimo.

Cada mundo pode criar seu próprio token ou aceitar tokens de terceiros, permitindo, dessa maneira, o uso destes tokens pelas pessoas a fim de transacionar valores entre si, remunerar atividades ou para comprar NFTs neste Metaverso. Cada token está para seu Metaverso assim como cada moeda está para seu país. Hoje, no Brasil, os NFTs devem ser um ativo declarado no seu Imposto de Renda.

Criptomoedas

A descentralização é uma das sete camadas do Metaverso, assim como a experiência, descoberta, economia criativa, computação espacial, interface humana e infraestrutura também.

As sete camadas do Metaverso

O Metaverso é composto por três níveis. O primeiro, é denominado Realidade Virtual (VR), quando se transporta para um ambiente para fugir da realidade. Em segunda instância, se tem a Realidade Aumentada (AR), quando ocorre o inverso disso, ao trazermos objetos do mundo virtual para o mundo real. Já no terceiro nível, denomina-se como mundo espelho, dessa forma, é a digitalização do mundo real onde os ambientes são considerados como auto suficientes e vivos.

O termo Metaverso foi descrito pela primeira vez no livro de ficção científica “Snow Crash”, de Neal Stephenson, em 1992. Neste livro, o Metaverso é caracterizado como uma escapatória da realidade distópica em que as pessoas viviam. Posteriormente, no Ready Player One, em 2011, o Metaverso foi citado como um mundo distópico, para se desconectar da realidade.

Conclusão

As perspectivas de estudo a partir de 2023 é usar a AR para levar informações a uma parcela dos estudantes e funcionários da PUC-Rio. Da mesma forma que foi levado, no evento Futuro Descentralizado do ECOA, o mundo real para o virtual, agora busca-se realizar o movimento inverso. Dessa forma, os estudos passarão a ser direcionados em torno de trazer o mundo virtual para o real.
“OS ESTUDOS PASSARÃO A SER DIRECIONADOS EM TORNO DE TRAZER O MUNDO VIRTUAL PARA O REAL.”

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